Previne completa 10 anos de atividades no combate às drogas
O Programa de Prevenção a Violência e Combate ao Uso de Narcóticos e Entorpecentes (Previne), da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), acaba de completar 10 anos de atuação, com mais de 16 mil pessoas preparadas para disseminar a mensagem contra o uso de drogas na capital e nos municípios do Estado. Até o final desta semana, o programa social realiza em Manaus um curso para capacitação de 110 novos multiplicadores, no auditório do Corpo de Bombeiros, no bairro Petrópolis, zona Sul de Manaus.
A filosofia do Previne é capacitar, atualizar e certificar pessoas para trabalhar no combate às drogas e reduzir os riscos sociais de jovens e adultos. Os assuntos abordados nos cursos envolvem tabagismo, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST), alcoolismo e a importância da família contra as drogas.
De 8 a 13 de abril, uma equipe do Previne vai ministrar um curso para multiplicadores no município de Nhamundá. E de 22 a 27 é a vez de Presidente Figueiredo. De acordo com a coordenadora do programa, Edméia Holanda, vários são os fatores que contribuem para a iniciação ao uso das drogas. “Hoje a preocupação é ainda maior que há dez anos porque aumentou bastante o varejo da venda de entorpecentes”, disse.
A coordenadora afirmou ainda que em muitos municípios, principalmente naqueles próximos das fronteiras com Peru, Colômbia e Venezuela, a oferta de droga de baixo valor é maior do que na capital, facilitando o acesso ao vício. “Decorrem daí problemas de prostituição, pedofilia, esfacelamento das famílias e o envolvimento de jovens no crime”, disse Edméia.
Há poucos dias, enquanto divulgava estatísticas da presença crescente de adolescentes em ocorrências policiais, o secretário de Segurança Pública do Amazonas, coronel PM Paulo Roberto Vital, alertava os pais para o dever que têm com os filhos. “É preciso saber onde e com quem estão os filhos. A educação familiar, com diálogo, é a melhor forma de prevenir o envolvimento com a violência e a criminalidade”, afirmou o secretário.