Policiais Militares das unidades que fazem parte do Comando de Policiamento da Área Leste (CPA Leste) vão receber formação para realizar o atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. O curso, que terá duração de uma semana, começa nesta segunda-feira (18/03), na sede do CPA, no bairro Jorge Teixeira, e vai ser oferecido para 160 policiais.
A abertura do evento ocorrerá às 8h na sede do CPA Leste, localizado na avenida Autaz Mirim, 6776, Jorge Teixeira, zona leste da capital.
Durante os dias de formação, serão tratados os temas ‘Dinâmica da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher’; ‘Lei Maria da Penha’; ‘Rede de Proteção e Procedimentos Operacionais’ para atendimento desse tipo de ocorrência.
Entre os palestrantes dos módulos estarão o subcomandante do CPA Leste, major Guilherme Seth, e a delegada da Mulher, Débora Mafra, e representantes do Serviço de Apoio Emergencial a Mulher (Sapem), da Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejusc).
De acordo com o comandante do CPA Leste, coronel Cledemir Araújo, a ideia do curso surgiu a partir da quantidade de ocorrências desse tipo registradas na zona leste. “Não tem uma semana que não atendamos, pelo menos dois casos envolvendo a Lei Maria da Penha. Nós, da Polícia Militar, atuamos como mediadores dessas questões, então essa formação é de grande valia para nós”.
O número de casos de violência doméstica contra mulheres em Manaus teve um aumento de 73% em janeiro de 2019 em relação ao mesmo período de 2018. De acordo com dados do Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP), no primeiro mês deste ano, foram registrados 1.270 casos de violência doméstica, enquanto em 2018 esse número foi de 734.
O curso – Os policiais serão orientados sobre as peculiaridades que envolvem a dinâmica de violências cometidas contra a mulher, em sua maior parte por maridos, noivos e namorados, mas que também pode ter como autores pais, irmãos, filhos e desconhecidos.
A formação pretende levar o máximo de informação sobre o assunto aos policiais militares para que as vítimas tenham um atendimento rápido e eficiente, como explicou o subcomandante do CPA Leste, Guilherme Seth.
“Sabemos que esse é um tema que precisa muito ser enfrentado não apenas no nosso Estado. Também passamos pela necessidade de melhorarmos o nosso trabalho cotidiano, qualificando o nosso efetivo para que ele possa melhor atender a população”.
Outro ponto importante a ser abordado na formação é sobre a rede de proteção que existe atualmente para atender às mulheres vítimas e que envolve uma série de instituições como Delegacias da Mulher, Sejusc, Defensoria Pública do Estado (DPE), Conselhos Municipais, casas abrigos, entre outros.