Operação Proditores: PC-AM prende ex-funcionários de concessionária por subtração de veículos estimada em R$ 5,4 milhões 

A fraude começou em julho de 2024, quando o grupo forjou inventários e subtraiu 34 veículos
FOTOS: Erlon Rodrigues e Divulgação/PC-AM.

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos (DERFV), apresentou, nesta quarta-feira (26/02), resultado da Operação Proditores, que resultou na prisão de dois ex-funcionários de uma concessionária em Manaus. O esquema criminoso causou a subtração de 34 veículos, com prejuízo superior a R$ 5,4 milhões. A prisões aconteceram em locais distintos da cidade.

A ação foi deflagrada na segunda-feira (24/02), e os presos foram identificados como Gaio Ribeiro Farias, responsável pelos repasses dos veículos, e Murilo de Oliveira Maquiné, ex-gerente da loja e líder do grupo. Outros envolvidos estão sendo investigados por participação.

Durante coletiva de imprensa, realizada na Delegacia Geral (DG), localizada na avenida Pedro Teixeira, 180, bairro Dom Pedro, zona centro-oeste de Manaus, o delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, parabenizou a equipe da DERFV pelo resultado da investigação, que desarticulou o grupo responsável pelo roubo e venda fraudulenta dos veículos.

A fraude começou em julho de 2024, quando o grupo forjou inventários e subtraiu 34 veículos
FOTOS: Erlon Rodrigues e Divulgação/PC-AM.

“Além do prejuízo para a concessionária, muitas pessoas foram afetadas, pois compraram os veículos sem saber da fraude. Os 34 carros foram vendidos a terceiros, que não sabiam que eram produtos de crime”, afirmou Torres.

Investigação

Segundo o delegado Rodrigo Barreto, titular da DERFV, a fraude começou em julho de 2024, quando o grupo forjava inventários dos veículos no pátio da empresa. Em dezembro, durante uma auditoria, a concessionária percebeu a falta de 10 veículos. Todos os funcionários do setor de seminovos alegaram desconhecer o desaparecimento.

A fraude começou em julho de 2024, quando o grupo forjou inventários e subtraiu 34 veículos
FOTOS: Erlon Rodrigues e Divulgação/PC-AM.

“Após o registro dos primeiros Boletins de Ocorrência (BO), a equipe da empresa retornou a delegacia e informou que faltavam mais 24 veículos. Descobrimos que alguns carros já haviam sido vendidos, e começamos a suspeitar do envolvimento de funcionários. Após ouvir os suspeitos, confirmamos a participação do ex-gerente Gaio”, explicou Barreto.

Segundo o delegado, o líder do grupo, Murilo, ao perceber a investigação, começou a negar sua participação. Mas ao decorrer, foi constatado que ele movimentou cerca de R$ 2 milhões em seis meses, valor incompatível com sua renda. Ele e outros membros do grupo desviaram os veículos e fraudaram a entrada e saída dos carros, entregando-os a Ivan Carlos Lopes Pereira, da empresa de carros Aguiar Veículos.

“Nessa loja, os automóveis furtados eram revendidos. O esquema envolvia a venda de carros entregues por compradores de veículos novos, que eram desviados para a loja de Ivan. O prejuízo ultrapassou R$ 20 milhões e se estendeu a várias vítimas. Ivan também começou a fraudar financiamentos bancários em nome de terceiros. Nós já conseguimos o bloqueio de suas contas bancárias”, explicou o delegado.

Rodrigo Barreto finalizou informando que as investigações continuam, pois Ivan, que está foragido e com mandado de prisão expedido, ainda está envolvido, assim como outras pessoas. Ele concluiu, afirmando que a Polícia Civil seguirá firme no combate ao crime e trará resultados positivos conforme as investigações avançam.

Procurado

A PC-AM solicita que qualquer informação sobre Ivan Carlos Lopes Pereira seja repassada pelo número 181, disque-denúncia da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). O sigilo da identidade do informante é garantido.

Ivan é investigado em mais de 60 Boletins de Ocorrência (BO) e é suspeito de envolvimento com diversas vítimas, incluindo uma locadora e duas concessionárias de veículos. Estima-se que ele seja responsável pelo desaparecimento de cerca de 140 veículos.

Procedimentos

Gaio e Murilo responderão por estelionato e furto, e estão à disposição do Poder Judiciário.