Operação Navalha prende delegada e narcotraficante e apreende armas e R$ 17 mil
Deflagrada na manhã desta sexta-feira (19/10), a Operação Navalha prendeu um narcotraficante e uma delegada no interior do Amazonas e apreendeu duas armas de fogo e R$ 17 mil em espécie.
O secretário de Segurança Pública do Amazonas, coronel Amadeu Soares, ressaltou que o nome da operação deixa claro que, se preciso for, a instituição cortará na própria carne.
Prisão preventiva – A comissária de polícia Alessandra de Souza Braga, da 78ª Delegacia Interativa de Polícia, e o traficante regional Diellisom Weendril Alves Pinheiro, vulgo “Didi”, foram presos preventivamente. Na casa do narcotraficante foram aprendidas as armas, o dinheiro e as munições. Duas motos e um carro também foram apreendidos.
Comércio de entorpecentes – Os envolvidos tinham como atividade principal o comércio e transporte de substâncias entorpecentes, segundo as investigações. “Didi” mantinha uma grande rede logística, envolvendo municípios próximos, como Coari, e conexões até mesmo na cidade de Tabatinga, envolvendo grande quantidade de drogas e munições de armas de fogo, inclusive de calibre restrito.
O secretário de Inteligência, Herbert Lopes, destacou que a investigação começou há quatro meses.
‘Pirataria’ – Ainda conforme as investigações, a organização atuava pontualmente na atividade ilícita de “pirataria”, promovendo ataques nos rios próximos contra embarcações de traficantes rivais que transportavam entorpecentes. Havia também atuação da policial civil com recebimento de recursos ilícitos.
Durante o acompanhamento sistemático dessa organização, verificou-se a atuação de agentes públicos responsáveis pela segurança pública no município, que protegia a ação criminosa e seus autores, ao invés de combater o ilícito.
Cumprimento de mandados – Em Codajás, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, incluindo setores da 78ª Delegacia Interativa de Polícia e Companhia da Polícia Militar, e dois mandados de prisão preventiva. Em Manaus, foi cumprido um mandado de busca e apreensão.
Segundo o corregedor geral do sistema de Segurança Pública do Amazonas, Hildelberto Barros, devido à robustez das provas, será aberto também um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).