Instituto de Criminalística integra equipe que analisa mais de 400 contêineres com madeira ilegal apreendida no AM
O Setor de Perícias em crimes ambientais do Instituto de Criminalística da Polícia Técnico Científica (DPTC) foi convidado pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para contribuir com a análise dos cortes de madeiras ilegais armazenadas em mais de 400 contêineres apreendidos durante a Operação Arquimedes, deflagrada pela Polícia Federal em parceria com Ibama, Ministério Público Federal (MPF) e Receita Federal, em 2017.
De acordo com a perita Elisandra Campos Assunção, a parceria é fruto do trabalho realizado pelo Instituto de Criminalística, integrado com os demais órgãos do sistema de Segurança Pública, e das ações em parceria com outros órgãos, como a Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema), Vara Especializada do Meio Ambiente e de Questões Agrárias (VEMAQA) e o Batalhão de Policiamento Ambiental do Amazonas (BPAmb/PMAM).
“Será um trabalho de extrema importância para o Instituto. Com isso, conseguimos alguns materiais para procedermos essa identificação. Nesses casos, fazemos corpos de prova para identificarmos a espécie da madeira que foi retirada ilegalmente e mensurarmos tanto o dano ambiental quanto o valor do material apreendido. Mas o principal é saber qual a espécie da madeira para dar mais robustez ao laudo para configuração do crime”, explicou a perita.
Atuação – O setor de perícias em crimes ambientais do Instituto de Criminalística atua a partir de demandas da Dema, do Ministério Público e da Justiça para periciar ferramentas, áreas e materiais apreendidos, além de prevenir, coibir e orientar a respeito da prática de crimes ambientais.
“A grande maioria das ocorrências são os crimes contra a flora, ou seja, desmatamento – geralmente o primeiro crime com o aparecimento das invasões – e o transporte irregular de madeira, carvão e lenha. Mas também há crimes ambientais contra fauna e contra o patrimônio urbano, por exemplo, em locais públicos onde houve pichação ou depredação”, salienta Assunção.
Ela ressaltou a importância da tecnologia para o setor de perícia em crimes ambientais e disse que, atualmente, um drone tem sido utilizado para periciar, especialmente, áreas em invasões e desmatamentos em Áreas de Proteção Ambiental (APA), em Manaus.
O uso do drone possibilita aos peritos a obtenção de imagens similares às feitas por satélites e a visualização, atual, de como está determinada área. “É uma ferramenta que é fantástica e tem nos auxiliado nas perícias”, disse a perita.